Emet: a verdade tem começo, meio e fim?
9 a 12 de outubro de 2025
com Laerte Coutinho e Rutu Modan
Mediação: Micheline Alves
Cartuns, charges e quadrinhos tornaram-se formatos consagrados para contar histórias e fazer críticas sociais. Talvez isso se deva à sua capacidade única de sintetizar mensagens, combinando imagem e palavra, e à presença do humor, que permite aos criadores dizer verdades muitas vezes impronunciáveis. Nesta mesa, duas expoentes da nona arte, a cartunista brasileira Laerte Coutinho e a quadrinista israelense Rutu Modan, conversam sobre ilustração, sátira e política – dentro e fora dos quadrinhos.
Laerte Coutinho é autora de quadrinhos, cartuns e charges. Nasceu em São Paulo, em 1951 – fez alguns cursos livres de pintura, desenho e teatro; entrou na USP, em Comunicações, pra fazer Música e depois Jornalismo – não se graduou. Foi uma das criadoras da revista Balão (quadrinhos) e da empresa Oboré (assessoria de comunicação para sindicatos). Publicou seu trabalho n’O Pasquim, n’O Bicho, no Estado de São Paulo, na Folha de São Paulo, em várias revistas. Foi autora da revista Piratas do Tietê – também o nome da tira diária que produz. Participou da redação de programas de tevê da Rede Globo: “TV Pirata”, “TV Colosso”, “Sai de Baixo”. Apresentou o programa “Transando com Laerte”, no Canal Brasil. Participou do curta “Vestido de Laerte”, de Claudia Priscila e Pedro Marques; e do longa “Laerte-se”, de Lygia Barbosa e Eliane Brum.
Rutu Modan é uma ilustradora, quadrinista e professora israelense, nascida em Tel Aviv, em 1966. Depois de se formar pela Academia de Arte e Design Bezalel, em Jerusalém, começou a escrever regularmente e ilustrar tiras e quadrinhos para os principais jornais de Israel. Foi editora da edição em hebraico da revista MAD e em 1995, fundou o coletivo Actus tragicus, com Yirmi Pinkus, Mira Friedman, Batia Koltan e Itzik Rennert. Seu trabalho foi publicado em revistas e jornais ao redor do mundo, incluindo New York Times, New Yorker e Le Monde. Em 2008, recebeu o Prêmio Will Eisner da Indústria de Quadrinhos pelo seu livro Exit Wounds. Em 2012, lançou Maya Faz uma Bagunça com a TOON Books, o primeiro livro infantil que escreveu e ilustrou. A propriedade é seu primeiro livro publicado no Brasil. Rutu leciona quadrinhos e ilustração na Academia de Arte e Design Bezalel, em Jerusalém, e vive em Tel Aviv com a família.
Micheline Alves é jornalista e roteirista de TV. Trabalhou por vinte anos em publicações impressas e projetos digitais e foi diretora das revistas Trip e Tpm. Pesquisadora e roteirista na TV Globo desde 2015, foi da equipe do programa “Amor e Sexo” e hoje é redatora do talk show “Conversa com Bial”. Mora em São Paulo e tem duas filhas.