Como parte do relançamento do livro A vocação do exílio, de Betty Fuks, o Museu Judaico de São Paulo e a Editora Zahar anunciam a Jornada Freud e Judeidade.
Em um sábado inteiro de conversas com professores e especialistas de referência, o MUJ convida o público a refletir sobre a matriz e os desdobramentos da teoria que nasceu com a descoberta do inconsciente.
Segundo Freud, o estranho (ou unheimlich) é aquilo que perturba justamente por ser, de forma velada, familiar: uma verdade psíquica que foi reprimida e retorna de forma inquietante. Essa verdade, a sensação de desamparo do sujeito, nos obriga a encarar que o mal, o medo e o sofrimento não estão apenas no outro, mas também dentro de nós.
Como essa ideia pode nos ajudar a encontrar uma posição ética capaz de abandonar a lógica binária de “lado certo” e “lado errado”, ou “do bem” e “do mal”? O binarismo impede o advento da palavra, arma de resistência à destruição, cujo efeito mais imediato — a paz — não é perene e, muitas vezes, nem duradouro.
Paulo Sérgio de Souza Jr. é psicanalista e tradutor. Coordenador da série Pequena biblioteca invulgar e autor, pela mesma editora, de O fluxo e a censura: um ensaio em linguística, poética e psicanálise (Blucher, 2023).
Miriam Chnaiderman é psicanalista, professora e cineasta. Atua no Instituto Sedes Sapientiae, onde leciona no curso de Psicanálise. É diretora de diversos documentários premiados, como De gravata e unha vermelha (2014) e Dizem que sou louco (2024). Autora de três livros, entre eles Uma psicanálise errante (Blucher, 2024).
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