1° Festival Literário Museu Judaico de São Paulo

06.10.2022 a 09.10.2022

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06 a 09 de outubro

Esta é a “casa de todos os povos”.
A inscrição gravada na fachada da antiga sinagoga e que agora abriga o Museu Judaico de São Paulo (MUJ) diz muito sobre seus anseios como instituição, bem como sobre as relações que deseja estabelecer com a coletividade.

Fruto de uma iniciativa da sociedade civil, acalentada por quase duas décadas, o Museu Judaico abriu suas portas em dezembro de 2021, visando cultivar as diversas expressões da cultura judaica, em diálogo com o contexto brasileiro, com o tempo presente e com as aspirações de seus diferentes públicos.

Maior museu judaico da América do Sul — com quatro espaços de exposições, biblioteca, área educativa e café — o MUJ é amparado por um programa cultural participativo, que entrelaça a experiência judaica à cultura brasileira e à arte contemporânea. Um museu que nasce comprometido com a coexistência entre os variados grupos sociais e identidades, com o combate à intolerância e ao preconceito, com a educação e a transmissão intergeracional, valores a um só tempo universais e judaicos.

Como parte de sua programação, o MUJ realizará anualmente o FliMUJ – Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo. O primeiro festival literário se orienta pela metáfora do Museu Judaico de São Paulo: a trança – entre povos, culturas e temporalidades. Assim, imaginamos o FliMUJ, junto às curadoras convidadas, como um festival que trança autoras e autores judeus e não judeus, perspectivas judaicas e não judaicas, brancas, negras e indígenas, normativas e não normativas, brasileiras e internacionais, entrelaçando também passados, presentes e futuros como fenômenos vivos e, sobretudo, realçando as luzes e as sombras do nosso tempo.

Num momento crucial para a democracia no país, a primeira edição do FliMUJ coloca a pluralidade da cultura judaica em fricção com ela mesma e com o que lhe é aparentemente distinto. Um exercício de encontro, reconhecimento e escuta das diversidades e, também, de convergência entre o que, de comum compartilhamos. Refletir sobre temas caros a toda sociedade, sempre por meio de perguntas abertas, às vezes irrespondíveis, um traço tipicamente judaico e, principalmente, alma da literatura.

Felipe Arruda
Diretor executivo

Livre

FliMUJ

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